A Pegada Ecológica é uma estimativa da quantidade de recursos necessária para
produzir, de uma forma continuada, os bens e serviços que consumimos, e
absorver ou eliminar todos os resíduos e poluentes que produzimos. Explicado
por palavras simples, a pegada ecológica individual será calculada pela área em
hectares que uma pessoa necessitaria para produzir os próprios alimentos, para
obter água e energia para as suas necessidades, espaço para eliminar os seus
lixos, e plantas verdes para capturar a poluição do ar produzido nas nossas
atividades, transportes, aquecimento, etc.
Cada ser vivo necessita de uma quantidade mínima de espaço
natural produtivo para sobreviver. Os humanos, neste e noutros aspectos, são semelhantes às
outras espécies. Na verdade, a nossa sobrevivência depende da existência de
alimentos, de uma fonte constante de energia, da capacidade dos vários resíduos
que produzimos serem absorvidos e, assim, deixarem de constituir uma ameaça, bem
como da disponibilidade de matérias-primas para os processos produtivos.
Contudo, o consumo tem aumentado significativamente, bem como a população
mundial, pelo que o espaço físico terrestre pode não ser suficiente para nos
sustentar. Para assegurar a existência das condições favoráveis à vida que
ainda hoje existe, teremos que viver de acordo com a capacidade do planeta, ou
seja, de acordo com o que a Terra pode fornecer e não com o que gostaríamos que
fornecesse…
Neste momento estamos usando energia a uma taxa superior
à sua capacidade de reposição. Para isso recorremos ao "capital
natural" acumulado ao longo de milhões de anos, exaurindo-o. Ou seja, o
nosso estilo de vida poderá ser insustentável. É por se ter chegado a essa
consciência que recentemente se tem dado maior destaque ao conceito de Desenvolvimento
Sustentável.
Este termo define o progresso ou desenvolvimento que satisfaz as necessidades
do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações satisfazerem as
suas próprias necessidades.
Avaliar até que ponto o nosso impacto já ultrapassou o
limite é, portanto, essencial, pois só assim seremos capazes avaliar se vivemos
de forma sustentável. Foi assim que nasceu o conceito de Pegada Ecológica. Metaforicamente, a
expressão refere-se à marca que cada um individualmente, ou os povos
coletivamente, imprimem e deixam para trás na sua caminhada neste planeta. O
termo é uma tradução do inglês ecological footprint e refere-se, em
termos de divulgação ecológica, à quantidade de solo, água e recursos que seria
necessária para sustentar as gerações atuais, tendo em conta todos os recursos
materiais e energéticos gastos por uma determinada população.
Categoria
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Objetivo
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Uso
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Estações Ecológicas
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Preservar e pesquisar.
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Pesquisas científicas, visitação pública com
objetivos educacionais.
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Reservas Biológicas (REBIO)
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Preservar a biota (seres vivos) e demais
atributos naturais, sem interferência humana direta ou modificações
ambientais.
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Pesquisas científicas, visitação pública com
objetivos educacionais.
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Parque Nacional (PARNA)
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Preservar ecossistemas naturais de grande
relevância ecológica e beleza cênica.
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Pesquisas científicas, desenvolvimento de
atividades de educação e interpretação ambiental, recreação em contato com a
natureza e turismo ecológico.
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Monumentos Naturais
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Preservar sítios naturais raros, singulares
ou de grande beleza cênica.
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Visitação pública.
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Refúgios de Vida Silvestre
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Proteger ambientes naturais e assegurar a
existência ou reprodução da flora ou fauna.
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Pesquisa científica e visitação pública.
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Categoria
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Característica
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Objetivo
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Uso
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Área de Proteção Ambiental
(APA)
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Área extensa, pública ou
privada, com a tributos importantes para a qualidade de vida das
populações humanas locais.
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Proteger a biodiversidade,
disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos
recursos naturais.
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São estabelecidas normas e
restrições para a utilização de uma propriedade privada localizada em uma
APA.
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Área de Relevante Interesse
Ecológico (ARIE
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Área de pequena extensão,
pública ou privada, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características
naturais extraordinárias.
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Manter os ecossistemas
naturais e regular o uso admissível dessas áreas.
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Respeitados os limites
constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições para utilização
de uma propriedade privada localizada em uma ARIE.
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Floresta Nacional (FLONA)
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Área de posse e domínio
público com cobertura vegetal de espécies predominantemente nativas.
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Uso múltiplo sustentável dos
recursos florestais para a pesquisa científica, com ênfase em métodos para
exploração sustentável de florestas nativas.
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Visitação, pesquisa
científica e manutenção de populações tradicionais.
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Reserva Extrativista (RESEX)
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Área de domínio público com
uso concedido às populações extrativistas tradicionais.
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Proteger os meios de vida e a
cultura das populações extrativistas tradicionais, e assegurar o uso
sustentável dos recursos naturais.
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Extrativismo vegetal,
agricultura de subsistência e criação de animais de pequeno porte. Visitação
pode ser permitida.
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Reserva de Fauna (REFAU)
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Área natural de posse e
domínio público, com populações animais adequadas para estudos sobre o manejo
econômico sustentável.
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Preservar populações animais
de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias.
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Pesquisa científica.
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Reserva de
Desenvolvimento Sustentável (RDS)
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Área natural, de domínio
público, que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em
sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais.
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Preservar a natureza e
assegurar as condições necessárias para a reprodução e melhoria dos modos e
da qualidade de vida das populações tradicionais.
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Exploração sustentável de
componentes do ecossistema. Visitação e pesquisas científicas podem ser
permitidas.
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Reserva Particular do
Patrimônio Natural (RPPN)
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Área privada, gravada com
perpetuidade
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Conservar a diversidade
biológica.
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Pesquisa científica,
atividades de educação ambiental e turismo.
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