15 de março de 2015

Relevo Brasileiro = Classificações.




Formas de Relevo





CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO


O que é RELEVO???



É bem simples, PESSOAL!!!!  relevo correspondente aos diversos acidentes (saliências e depressões) encontrados sobre a superfície terrestre.

 E suas principais formas (saliências e depressões) são:
- as montanhas;
- os planaltos;
- as planícies e 
- as depressões.
Veja o esquema abaixo:
Para cada uma dessas formas acima mencionada foram criados conceitos com a finalidade de os individualizarem uns dos outros, especificando as suas respectivas singularidades em suas espacialidades, sendo utilizado para isso um determinado critério.
PROBLEMA ao estudar esse assunto é que existem mais de um critério no estudo dessas formas, e consequentemente também existe mais de uma maneira de classificá-las. O que levará o estudante desse assunto a ter que saber não só os tipos de classificações do relevo, mas também como cada uma dessas classificações foi elaborada, isto é, quais critérios foram usados na elaboração dessas supostas classificações.  

A partir dessa semana vamos apresenta os trs modelos de classificação do relevo brasileiro. Na aula de hoje vamos apresentar a classificação do relevo brasileiro realizda por Aroldo de Azevedo em 1949 que foi a primeira classificação do relevo brasilero.





Esse tipo de classificação foi a primeira a ser relaizada para representar o relevo brasileiro.

a) Quanto ao críterio:
geomorfológico (modelado=Fisionomia= aparência fisica= perfíl visual + origem das rochas que compõe a superfície do lugar)
  
As classificações do relevo nesse modelo prende-se basicamente no estudo das formas (modelados= as saliências da superfície terrestre) considerando as cotas altimétricas (observa a altura das superfície = nível altimétrico no momento da classificação), isto é FISIONOMIA, unindo ao tipo de estrutura geológica a qual a região se localiza (Bacia sedimentar ou escudos cristalinos). 
  
b) Quanto a Classificação: 


Usado o critério geo morfológico de Aroldo de Azevedo ele estabeleceu um limite de 200 metros para determinar o que seria planalto em relação ao que seria uma planicie. Considerando as cotas altimétricas, definida por ele, o mesmo estabeleceu (conceituou) que:
planaltos como sendo um terrenos levemente acidentados, com mais de 200 metros de altitude, e
planícies como sendo um superfícies planas, com altitudes inferiores a 200 metros.

Devido esses criterios ficou comuns, por exemplo, denominação como: Planaltos cristalinos (formados por rochas magmáticas ou metamórficas) e planaltos sedimentares (formados por rochas sedimentares). 

Dessa forma e propôs seguinte mapa para descrever o relevo brasileiro:



Os planaltos que são:
- Planalto das Guianas
- Planalto Brasileiro
   subdividido em:
       - Planalto Atlântico
       - Planalto Central
       - Planalto Meridional

As planícies que são:
Planície Amazônica
Planície do Pantanal
Planície Costeira
Planície do Pampa ou Gaúcha
.
Obs.: A classificação de Aroldo de Azevedo, é a mais tradicional. Feita em 1949, está um pouco desatualizada, mesmo assim continua em uso, por três fatores: 
1º devido a preocupação com um tratamento coerente às unidades do relevo, dando mais valor a terminologia geomorfológica; 
2º devido a identificação de áreas individualizadas; e em
3º devido a simplicidade e originalidade.

a) Quanto ao críterio:

 geomorfoclimático: (que explica a formação do relevo pela ação do clima sobre as rochas = que perda ou ganha sedimentos a partir da ação do clima - temperatura e pluviosidade - sobre as rochas).
  
Aziz Ab'Sáber em seu trabalho sobre a classificação do relevo brasileiro levou em consideração em estudo sobre o relevo apenas a atuação conjunta dos agentes inetrnos e externos que atuam sobre a gêneses do modelado da superfície terrestre, ou seja, dos elementos da natureza como: clima, solo, hidrografia, vegetação etc. ) principipalmente da ação do clima nos diferentes tipos de rochas. Juntamente com a influência interna representada pelo tectonismo.Segundo esse estudo o relevo brasileiro tem sua formação antiga e resulta principalmente da ação das forças internas da terra e da sucessão de ciclos climáticos. A alternância de climas quentes e umidos com áridos ou semi-áridos favoreceu o processo de erosão e explicam a formação do atual modelado do relevo brasileiro.
Nessa perspectiva, Aziz A'b saber observou a evolução do clima(paleoclimas), para realizar a classificação do relevo brasileiro, isto é, as dramáticas alterações ocorridas ao longo do tempo geológico no território brasileiro. Portanto, a análise do relevo atual envolveu também o estudo dos chamados paleoclimas, ou seja, os fatores climáticos passados, que contribuem para explicar o modelado do presente.Com base no estudo dos processos fisiologicos que envolveram as rochas que compõem as estrutura geoologica de brasileira Aziz A'b classificou o relevo brasileiro em dois tipos de macro unidades geomorfológicas: Planaltos e Planície. Além de aumenta de 8 unidades para 10 unidades de relevo.

b) Quanto a Classificação: 

Planalto: corresponderia a superfície aplainada, onde o processo erosivo estaria predominando sobre o sedimentar.

Planície: (ou terras baixas) se caracterizaria pelo inverso, ou seja, o processo sedimentar estaria se sobrepondo ao processo erosivo independentemente das cotas altimétricas.
c) Quanto as mudanças ocorridas:

Por essa divisão o relevo brasileiro passou a ser dividido em 10 unidades, sendo sete palnaltos, que ocupam cerca de 75% do território nacional e três planícies, que ocupan os 25%  do restante do território.
  


Os planaltos que são:
- Planalto das Guianas
- Planalto Brasileiro,
 subdividido em:
    - Planalto Central
    - Planalto Meridional
    - Planalto Nordestino
    - Planalto do Maranhão-Piauí
    - Planalto Uruguaio Sul-Riograndense
    - Planalto do Planaltos do Leste e Sudeste


As planícies que são:
Planície e Terras Baixas Amazônica
Planície e Terras Baixas Costeira

Planície do Pantanal


c.1) Quanto as mudanças ocorridas no macro unidades de planaltos:

Em relação a classificação de Aroldo de azevedo passaram-se de quatro unidades de relevo para 7 unidades de relevo. 

- Continuaram os territórios dos planaltos: das guianas e meridional
- Houve uma redistribuição das áreas territorial do planalto central, parte dale forão sedidos para a compor as áreas territorial das novas unidades  relevo: Planalto do Maranhão Piauí; Planaltos Leste e Sudeste.
- Houve uma renomeclaturação e redistribuição do planalto atlântico que foi dividido em duas novas unidades de relevo:  
- Planalto Nordestino 
- Planalto Leste e Sudeste 
- Planalto Uruguaio-Sul-Rio-Grandense (no Rio Grande do Sul) compreende o território da planície do Pampa, isso é, na classificação de Aroldo essa região está abaixo de 200 m (altimetria) é uma planície, já na classificação de Aziz A'b Saber é uma região que perde sedimentos é outro critério (fisiológico)por isso é um planalto.

c.1) Quanto as mudanças ocorridas no macro unidades de planícies:

Em relação a classificação de Aroldo de azevedo passaram-se de quatro unidades de relevo para 3 unidades de relevo. 



- a planície do pantanal se mantém nas duas classificações.  

- a planície costeira na classificação de Aroldo de azevedo passa a ser denominada deplanícies e terras baixas costeiras na classificação de Aziz A'b saber.  
- a planície amazônica, na classificação de Aroldo de azevedo passa a ser denominada de planícies e terras baixas amazônicas na classificação de Aziz A'b saber.  

OBS: o termo “planícies" se refere às várzeas dos rios, onde a sedimentação é intensa, e a expressão “terras baixas", aos baixos planaltos ou platôs de estrutura geológica sedimentar. 

- a planície do pampa deixa de existir(sua área nessa classificação passa a ser umplanalto Uruguaio-Sul-Rio-Grandense).

Classificação de JURANDYR  L. S. ROSS  
Este último geografo tentou reunir em seu estudo os dois critérios citados acima, ou seja, em sua classificação ele associou informações sobre o processo de erosão e de sedimentação dominantes na na atualidade (critério geomorfoclimáticos) com informações da base geológico-estrutural do terreno e com o nível altimétrico(critério geomorfológico).  


a) Quanto ao critério:
As classificações das macrounidades do relevo brasileiro sofreu uma evolução quanto aos critérios e métodos utilizados. A pioneira classificação da década de 40, de Aroldo de Azevedo, utilizava como critério de classificação a altimetria, sob a qual as superfícies acima de 200m seriam os planaltos e, as que estivessem entre o nível do mar até 200m seriam as planícies. A classificação de Aziz Ab’Sáber, da década de 50, adota o conceito de processo erosivo para classificar as macrounidades: planaltos são superfícies em que predomina o desgaste erosivo, enquanto planícies são aquelas em que predominam os processos de acumulação dos sedimentos. Quanto ao seu critério Jurandyr Ross associou informações sobre o processo de erosão e de sedimentação dominantes (critério geomorfoclimáticos) com informações da base geológico-estrutural do terreno e com o nível altimétrico(critério geomorfológico).  
Critério morfoestrutural (Estrutura Geológica) Segundo as características morfoestruturais ele classificou em três níveis o relevo: 
    - considera altimetria da superfície (planalto, planície ou depressão); 
    - considera a estruturação das macro-unidades: base geológica (ex.: sedimentar, cristalino...); 
Critério morfoclimático (Ação do clima)
   - considera os processo de intemperisticos(ganho ou perda de sedimentos):
Critério morfoescultural (Agentes externos)
   - considera o processo de erosão.
b) quanto classificação
A classificação do relevo brasileiro de Jurandyr Ross, elaborada com base em imagens de radar nas décadas de 80 e 90, possibilitou ampliar a complexidade da geomorfologia do Brasil. Ross propôs a criação de uma terceira macro-unidade além dos planaltos e planícies, as depressões; além de ter estendido para quase trinta unidades de relevo.
-Planaltos: superfícies acima de 300 metros de altitude que sofrem desgaste erosivo. Contém formas de relevo irregulares como morros, serras e chapadas.
-Planícies: é uma superfície plana, com altitude inferior a 100 metros, formada pelo acúmulo de sedimentos de origem marinha, fluvial e lacustre.
-Depressões: superfícies entre 100 e 500 metros de altitude sendo mais planas que os planaltos(é uma superfície com suave inclinação) mais rebaixadas que as áreas de entorno, além de sofrer desgaste erosivo  (formada por prolongados processos de erosão)e apresentar elevações residuais como inselbergs e planaltos residuais.




c) Quanto as mudanças ocorridas:
c.1) Planaltos: São formas de relevo elevadas e aplainadas, com altitudes superiores a 300 metros, marcadas por escapas onde o processo de desgaste é superior ao acúmulo de sedimentos. Podem ser encontradas em qualquer tipo de estrutura geológica. nas bacias sedimentares, os planaltos se caracterizam pela formação de escarpas em áreas de fronteiras com as depressões. Formam também as chapadas, extensas superfícies planas de grande altitudes. Os planaltos são chamados de "formas residuais" (de resíduo, ou seja, do que ficou do relevo atacado pela erosão). Quanto à estrutura geológica, podemos considerar alguns tipos gerais de planaltos:




Os Planaltos continuaram dominando o território brasileiro, só que passaram a ser subdivididos em:

c.1.1) Planalto em bacias sedimentares – são os planaltos da Amazônia Oriental (Amazônia e Pará), os planaltos e chapadas da bacia do Parnaíba (Pará, Maranhão e Piauí) e da bacia do Paraná (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul);

c.1.2)Planaltos em intrusões e coberturas residuais de plataforma - são os chamados escudos cristalinos. Temos como exemplo o Planalto Norte-Amazônico (chamado de Planalto das Guianas nas classificações anteriores);

c.1.3)Planaltos dos cinturões orogênicos – originaram-se da ação da erosão sobre os dobramentos sofridos na era pré-cambriana. São as Serras do Mar, da Mantiqueira, do Espinhaço e as Serras do atlântico Leste-Sudeste;

c.1.4)Planaltos em núcleos cristalinos arqueados – isolados e distantes um dos outros, possuem a mesma forma arredondada. São o Planalto da Borborema e o Planalto Sul-Rio-Grandense;
 
c.2)Planície:
 

 São superfícies relativamente planas, onde o processo de deposição de sedimentos é superior ao desgaste. São formações de relevo geologicamente muito recente. Sua formação ocorre em virtude da sucessiva depressão de material de origem marinha, lacustre ou fluvial em áreas planas. Normalmente, estão localizadas próximas do litoral ou dos cursos dos grandes rios e lagos. As Planícies brasileiras podem ser divididas em:  
c.2.1) Planícies costeiras: Encontradas no litoral como as Planícies e Tabuleiros Litorâneos, e a Planície da Lagoa dos Patos e Mirim.  
c.2.1) Planícies continentais: Situadas no interior do país, como a Planície do Pantanal. Na Amazônica, são consideradas planícies as terras situadas junto aos rios.   


Obs1. As Planícies (exclusivamente em bacias sedimentares), que passaram a ocupar uma porção bem menor do território brasileiro. Surgem as planícies costeiras(na área costeira nordestina aparecem as planícies e os tabuleiros costeiros (baixos planaltos que sofrem erosão e podem ter como limite, junto ao mar, as falésias) e as planícies continentais (planície do Pantanal e as planícies fluviais junto aos rios) . Na classificação de Ross as planícies são em menor número que os planaltos e as depressões. Isto se deve ao fato de que muitas áreas que antes eram consideradas planície, corresponde na verdade as depressões ou planaltos desgastados. A planície Amazônica que na classificação de Aroldo de Azevedo e Aziz Ab’Saber ocupava cerca de 2 milhões de km2, ocupa na classificação atual cerca de 100 mil km2


Obs2. Co relação as áres classificadas como planícies essas são formadas por sedimentos que tem sua origem em material de origem marinha, lacustre ou fluvial em áreas planas como se verifica nas várzeas e “igapós” da Amazônia, no Pantanal Matogrossense ou planície Mato-Grossense , que avança em direção à Bolívia e ao Paraguai, numa área de sedimentação aluvial recente, com oscilação de altitude entre 100 e 150 m. No litoral do Rio Grande do Sul podem se destacar as planícies das lagoas dos Patos e Mirim. Nas planícies costeiras e nas várzeas fluviais em geral. Temos também planícies tabulares na orla litorânea, com suas “falésias” e “barreiras”, formações cristalinas ou sedimentares que constituem paredões junto ao mar.


c.3) Depressões
 
São áreas rebaixadas em consequência da erosão que se formaram no limite das bacias sedimentares (planícies) com os maciços antigos (planaltos) devido a processos erosivos, rebaixando o relevo, principalmente na Era Cenozóica. São onze no total e recebem denominações diferentes conforme suas características  e localização, se subdivido em:
c.3.1)Depressão periférica: Nas regiões de contato entre estruturas sedimentares e cristalinas (área deprimida que aparece na zona de contato entre terrenos sedimentares e cristalinos). Tem forma alongada. Exemplificando: 
- Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná, 
- Sul-Rio-Grandense – nº22 no mapa de Ross)
c.3.2)Depressões Marginais: margeiam as bordas de bacias (terrenos) sedimentares, esculpidas em estruturas cristalinas.
Exemplificando:
- Depressão sul Amazônica e Norte Amazônica. 
c.3.3)Depressões Interplanálticas: São áreas mais baixas em relação aos planaltos que as circundam. 
Exemplificando: 
- Depressão Sertaneja e do São Francisco.
Bibliografia


Marcos de AMORIM, “ Geografia geral e do Brasil”
Igor MOREIRA, “O espaço geográfico”
WILLIAM V., “Brasil – sociedade e espaço”
Jaime OLIVA, “Temas da geografia mundial”
Maria Elena SIMIELLI “Geoatlas”



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