22 de maio de 2022

Cordilheira dos Andes perde quase metade das geleiras em 30 anos.

Cordilheira dos Andes perde quase metade das geleiras em 30 anos, aponta estudo.
Aumento de queimadas na Amazônia está entre as causas do degelo nas montanhas





Um estudo inédito divulgado pelo MapBiomas, nesta sexta-feira (20), mostra que quase metade das geleiras da Cordilheira dos Andes desapareceu nos últimos 30 anos. Na prática, a dimensão da área passou de 2.429,38 km2 para 1.409,11 km2 em três décadas.

O estudo foi produzido a partir de um mapeamento de imagens de satélite entre 1985 e 2020. Segundo o levantamento, o maior volume de queimadas na floresta amazônica está entre os principais motivos para o degelo da região.

De acordo com os pesquisadores do MapBiomas, organização voltada para causas ambientais, o aumento no número de incêndios no bioma gerou uma maior liberação de carbono negro na atmosfera, elemento que tem origem da combustão de madeiras ou combustíveis fósseis.

“As geleiras dos Andes tropicais estão passando por uma rápida redução, com potenciais impactos ambientais, culturais e econômicos para o mundo inteiro. E um dos motivos é a queima das florestas, que gera carbono negro e acelera o recuo das geleiras quando entra em contato com sua superfície”, explicou a Efrain Turpo, ambientalista que liderou o estudo.

O levantamento traz que as geleiras mais afetadas estão localizadas a menos de 5 mil metros acima do nível do mar, que, em 30 anos, perderam quase 80,25% de sua área. De acordo com os ambientalistas, a aceleração foi mais significativa a partir de 1995, por conta das mudanças climáticas gerados pelo aquecimento global.

Localizada na América do Sul, a Cordilheira dos Andes é classificada como a maior cordilheira do mundo, no quesito comprimento. Ela abrange sete países: Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile e Argentina. No entanto, não são apenas esses países que vão sofrer com as mudanças climáticas nos Andes.

À CNN, o coordenador da equipe Amazônia do MapBiomas, Carlos Souza Jr, explicou que o Brasil pode enfrentar “grandes” impactos ambientais nos próximos anos, caso políticas públicas não sejam adotadas. Mas ele adiantou que as consequências do degelo já podem ser vistas no país, mesmo que de forma tímida.

“As populações da América do Sul dependem da água dos Andes, tanto as populações que estão mais próximas como as mais distantes, como Brasil. Precisamos implementar

(OBS: Este informe foi elabora pela equipe Amazônia do MapBiomas sob a coordenação do cientista Carlos Souza Jr., e divulgação da CNN Brasil)



20 de maio de 2021

O Maior iceberg do mundo

 

Maior iceberg do mundo se desprende na Antártica

AFPTECNOLOGIA E CIÊNCIA por AFP 20/05/2021 - 07H27 (ATUALIZADO EM 20/05/2021 - 07H33



Bloco de gelo tem 170 km por 25 km de largura e está à deriva; temperatura da Terra subiu mais de 1ºC desde a era pré-industrial


Iceberg possui 1.270 km²

DIVULGAÇÃO/BRITISH ANTARCTIC SURVEY


O maior iceberg do mundo se desprendeu da plataforma de gelo de Ronne, na Antártica, segundo imagens de um satélite do programa europeu Copernicus, anunciou a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

O iceberg A-76, de quase 170 km de comprimento por 25 km de largura e uma superfície total de 4.320 quilômetros quadrados, está à deriva no Mar de Weddell, de acordo com um comunicado divulgado pela agência na quarta-feira (19) à noite.

Foi observado inicialmente pelo British Antarctic Survey (BAS), organismo de pesquisa britânico para as zonas polares que tem uma base próxima ao local.


Iceber de 1 trilhão de toneladas está a deriva


Até então, o maior iceberg do mundo era o A-23A, com superfície de 3.380 quilômetros quadrados, também à deriva no Mar de Weddell, conforme a ESA.

As imagens do imenso bloco de gelo A-76 foram registradas pelo satélite Sentinel-1, que integra o programa europeu de observação Copernicus.

O Centro Nacional de Gelo dos Estados Unidos afirmou que o iceberg A-76 iniciou a separação da plataforma de Ronne em 13 de maio.

A estação polar britânica localizada na plataforma de gelo de Brunt, também no Mar de Weddell, foi testemunha, em fevereiro passado, da ruptura de um iceberg de 1.270 quilômetros quadrados.

Em novembro de 2020, outro iceberg gigante, que era o maior do mundo quando se desprendeu em 2017, aproximou-se perigosamente de uma ilha do Atlântico Sul, ameaçando colônias de pinguins e focas.

Este iceberg, o A68, separou-se de uma gigantesca plataforma de gelo, chamada Larsen C, e a privou de 12% de sua superfície, o que a tornou mais instável. Outras partes desta barreira, situada na ponta da península antártica, desintegraram-se em 1995 e em 2002.



A temperatura do planeta aumentou mais de 1ºC desde a era pré-industrial, devido às emissões de gases causadores do efeito estufa, provocadas pelas atividades humanas. A Antártica registrou, no entanto, um aumento de temperatura duas vezes superior.

A formação de icebergs é um processo natural que o aquecimento do ar e dos oceanos acelera, segundo os cientistas.

Os icebergs são tradicionalmente batizados com uma letra que corresponde à zona da Antártica em que foram detectados pela primeira vez, seguidos por um número.


12 de maio de 2020

O Polo Norte Magnético da Terra está migrando


Por que o Polo Norte Magnético da Terra está migrando do Canadá para a Rússia.



Jonathan Amos Correspondente de ciência da BBC




Um grupo de cientistas europeus acredita que finalmente descobriu porque o Polo Norte magnético está se deslocando.







Nos últimos anos, ele se afastou do Canadá e seguiu para a Sibéria, na Rússia.
O deslocamento foi tão rápido que tem obrigado os cientistas a fazer atualizações mais frequentes nos sistemas de navegação por GPS, incluindo aqueles que são usados nos mapas dos smartphones.

Nos últimos anos, ele se afastou do Canadá e seguiu para a Sibéria, na Rússia.
O deslocamento foi tão rápido que tem obrigado os cientistas a fazer atualizações mais frequentes nos sistemas de navegação por GPS, incluindo aqueles que são usados nos mapas dos smartphones. 
A equipe, liderada pela Universidade de Leeds, na Inglaterra, diz que o comportamento é explicado pela competição entre duas massas magnéticas no núcleo externo da Terra.
Mudanças nos fluxos de material derretido no interior do planeta têm alterado a força das áreas de fluxo magnético negativo.
"Essa mudança no padrão de fluxos enfraqueceu a parte abaixo do Canadá e aumentou ligeiramente a força da faixa abaixo da Sibéria", explicou Phil Livermore.
"É por isso que o Polo Norte deixou sua posição histórica sobre o Ártico canadense e cruzou a Linha Internacional de Data. O norte da Rússia está vencendo o cabo de guerra", disse ele à BBC.

Três polos


A Terra tem três polos na sua parte superior.
Um Polo Geográfico, que é o ponto na superfície do eixo de rotação do planeta. O Polo Geomagnético, que é o local que melhor se encaixa a um dipolo* clássico (sua posição muda pouco).



E depois há o Polo Norte magnético, onde as linhas de campo são perpendiculares à superfície. Este é o que está se movendo.
Foi identificado pela primeira vez na década de 1830 pelo explorador James Clark Ross quando este se encontrava em Nunavut, território autônomo no nordeste do Canadá.
Naquela época, esse polo não se movia muito longe, nem muito rápido.
Mas, nos anos 1990, começou a se mover para latitudes cada vez mais altas, cruzando a Linha Internacional de Data no final de 2017. No processo, ficou a algumas centenas de quilômetros do Polo Geográfico.

O modelo anterior não se encaixava

Usando dados de satélites que têm medido e acompanhado a evolução do campo magnético da Terra nos últimos 20 anos, Livermore e seus colegas tentaram modelar as oscilações do Polo Norte Magnético.
Dois anos atrás, quando apresentaram suas ideias pela primeira vez na reunião da União Geofísica Americana, no Estado de Washington, sugeriram que poderia haver uma conexão com um jato (fluxo em alta velocidade) de ferro derretido na região mais externa do núcleo do planeta avançando em alta velocidade rumo a oeste sob o Alasca e a Sibéria.
(*) Dipolo de uma molécula é um dipolo elétrico com um campo elétrico inerente decorrente de uma diferença de eletronegatividade.

Mas os modelos não se encaixavam completamente e a equipe agora revisou sua avaliação para se alinhar com um outro regime de fluxo.
"O jato está ligado a latitudes setentrionais muito altas e a alteração do fluxo no núcleo externo, responsável pela mudança na posição do polo, está, na realidade, mais ao sul", explica Livermore.
"Há também o problema do momento das ocorrências. A aceleração do jato ocorre nos anos 2000, enquanto a aceleração do polo começa nos anos 90".
O modelo mais recente da equipe indica que o polo continuará avançando em direção à Rússia, mas, em algum momento, começará a ir mais lento. Em sua velocidade máxima, ele percorre de 50 a 60 km por ano.
"Ninguém sabe se isso retrocederá ou não no futuro", disse o cientista britânico à BBC.

8 de agosto de 2018

Fenômeno "Terra Estufa."




O que é o fenômeno 'Terra estufa' e por que estamos caminhando para ele, segundo novo estudo.
(Artigo produzido por Matt McGrath para  - BBC News - Londres)












Pode parecer o nome de um filme B de ficção científica, mas cientistas diz que estamos perto de viver na "Terra Estufa".

Pesquisadores dizem que podemos estar próximos a entrar num patamar que nos levará a viver em meio a temperaturas cada vez mais altas e com um nível do mar cada vez mais elevado nos próximos séculos.
Mesmo que os países consigam atingir suas metas de redução de emissão de carbono, ainda assim podemos estar em um "caminho sem volta".

O que é exatamente o fenômeno 'Terra Estufa'?
As atuais ondas de calor na Europa estão ligadas a esse cenário?
Mas não sabíamos desses riscos antes?
Há alguma boa notícia nisso tudo?
O que dizem os outros cientistas?

O estudo, publicado no periódico da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, mostra que isso pode ocorrer caso a temperatura global suba 2ºC acima dos níveis pré-industriais.
Os cientistas envolvidos no trabalho dizem que o aquecimento ocorrido até agora e o que deve provavelmente ocorrer nas próximas décadas podem mudar radicalmente algumas das forças naturais da Terra que hoje nos protegem e transformá-las em nossas inimigas.
· 
A cada ano, as florestas, oceanos e terra do planeta absorvem cerca de 4,5 bilhões de toneladas de carbono que iriam parar na atmosfera e elevariam a temperatura do planeta. Mas, conforme o mundo se aquece, essas "esponjas" que absorvem carbono podem se tornar fontes de emissão de CO2 e piorar significativamente os problemas do aquecimento global.
Seja o gelo permanente das regiões ao norte do planeta, que guarda milhões de toneladas de gases causadores do efeito estufa, ou a Floresta Amazônica, há o receio de que, conforme nos aproximamos de um patamar de 2ºC acima dos níveis pré-industriais, serão maiores as chances de que esses aliados naturais liberem mais carbono do que hoje absorvem.
Em 2015, governos de todo o mundo se comprometeram em manter a elevação das temperaturas abaixo dos 2ºC - e a trabalhar para manter isso abaixo de 1,5ºC. Mas segundo os autores do estudo, os planos atuais de cortar emissões podem não ser suficientes, caso suas análises estejam corretas.
"O que estamos vendo é que, ao atingir um aquecimento de 2ºC, podemos chegar a um ponto em que o controle desse mecanismo ficará inteiramente nas mãos do planeta em si", diz à BBC News Johan Rockström, coautor do estudo e pesquisador do instituto de pesquisas Stockholm Resilience Centre, na Suécia.
"Nós estamos no controle agora, mas, se ultrapassarmos os 2ºC, veremos o sistema da Terra deixar de ser um amigo para se tornar um inimigo - colocaremos nosso destino nas mãos de um sistema planetário que está começando a se desequilibrar."




Atualmente, as temperaturas globais já aumentaram 1ºC acima dos níveis pré-industriais e estão subindo cerca de 0,17ºC a cada década.
No estudo, os autores analisaram dez sistemas naturais, que eles chamam de "processos de feedback".
Hoje, esses sistemas ajudam a humanidade a evitar os piores impactos das emissões de carbono e o aumento de temperatura e incluem florestas, o gelo do mar do Ártico, hidratos de metano e o fundo do oceano.
A preocupação é que, se um desses sistemas cruzar um limiar e começar a emitir grandes quantidades de CO2 na atmosfera, os outros podem passar a fazer o mesmo como em uma fileira de dominós.
Em poucas palavras, não é nada bom.



De acordo com a pesquisa, a entrada no período de "Terra Estufa" levaria à temperatura global mais alta já enfrentada pelo planeta nos últimos 1,2 milhão de anos.
O clima poderia se estabilizar com uma temperatura de 4ºC a 5ºC acima dos níveis pré-industriais. Graças ao derretimento de gelo, os mares podem se elevar de 10 a 60 metros acima dos níveis de hoje.
Isso significaria que partes da Terra ficariam inabitáveis. Os impactos seriam "massivos, algumas vezes abruptos e com certeza preocupantes", dizem os autores.
O único lado positivo, se é que se pode dizer isso, é que os piores efeitos não seriam sentidos por um século ou dois. Por outro lado, não seria possível fazer nada quanto a isso, uma vez iniciado o processo.
Os autores afirmam que os eventos climáticos extremos que vemos hoje no mundo não podem ser associados diretamente ao risco de ultrapassarmos o patamar de 2ºC.
Mas eles argumentam que isso pode ser uma evidência de que a Terra é mais sensível ao aquecimento do que se pensava antes.
"Devemos aprender com esses eventos e considerá-los uma evidência de como temos de ser mais cautelosos", disse Rockström.
"Isso indica que, se algo assim pode ocorrer com uma elevação de 1ºC, não deveríamos ficar surpresos ou desconsiderar conclusões de que coisas assim podem ocorrer de forma mais abrupta do que imaginávamos."
O que os autores do estudo afirmam é que, até agora, subestimamos o poder e a sensibilidade de sistemas naturais.
As pessoas pensavam que as mudanças climáticas se tornariam uma emergência global com elevações de 3ºC a 4ºC até o fim deste século.
Mas a pesquisa aponta que, acima de 2ºC, há um risco significativo de vermos mudanças drásticas em sistemas naturais que hoje mantêm as temperaturas mais baixas e se transformariam em grandes fontes de carbono que nos colocariam em um "caminho irreversível" rumo a um mundo de 4ºC a 5ºC mais quente do que antes de 1850.
Surpreendentemente, sim! Podemos evitar esse cenário, mas isso exigirá um enorme reajuste na nossa relação com o planeta.
"Mudanças climáticas e outras que ocorram no planeta mostram que nós humanos estamos impactando o sistema da Terra a nível global. Isso significa que, como uma comunidade global, podemos mudar nosso relacionamento com o planeta para influenciar as condições do planeta no futuro", diz a coautora do estudo Katherine Richardson, da Universidade de Copenhague, na Dinamarca.
"Esse estudo identifica alguns fatores que podem ser usados para isso."
Então, não apenas precisaremos parar de usar combustíveis fósseis até o meio desse século como vamos precisar plantar muitas árvores, proteger florestas, pensar em como bloquear raios solares e criar máquinas para retirar carbono do ar.


Os autores afirmam que uma reorientação total de valores humanos, comportamento e tecnologia é necessária. Todos teremos de nos transformar em protetores da Terra.
Alguns afirmam que os autores desse estudo são muito extremistas. Outros afirmam que suas conclusões são perfeitamente válidas.
"Como resultado do impacto humano sobre o clima, a nova pesquisa argumenta que estamos além de qualquer chance da Terra se resfriar 'por conta própria'", diz Phil Williamson, da Universidade de East Anglia, no Reino Unido.
"Juntos, esses efeitos podem acrescentar mais meio grau ao aquecimento até o fim do século, pelo qual seríamos diretamente responsáveis, e, assim, cruzaríamos um limiar em torno de 2ºC, fazendo com que ocorressem mudanças irreversíveis ao planeta."
Outros se preocupam com a fé dos autores de que a humanidade será capaz de entender a gravidade do problema.
"Dadas as evidências na história da humanidade, parece ser uma esperança ingênua", diz Chris Rapley, da University College London, no Reino Unido.
"Em uma época de populismo de direita generalizado, junto com a rejeição das mensagens que partem das chamadas 'elites cosmopolitas' e a negação das mudanças climáticas como uma questão séria, a probabilidade de que a combinação de fatores necessária para que a humanidade leve o planeta rumo a um 'estado intermediário' aceitável é próxima de zero."
(Matt McGrath  -BBC News).

11 de março de 2018

A Inversão dos polos magnéticos da Terra

Inversão dos polos magnéticos da Terra pode ocorrer mais rápido que o imaginado




Sabe-se que a cada 500 mil anos aproximadamente, os polos da Terra se invertem e isso não é novidade. No entanto, um novo estudo mostra que a última reversão foi extremamente rápida e não levou mais de 100 anos para ser completada.

O estudo foi realizado por uma equipe internacional de pesquisadores e demonstrou que a que a última reversão magnética ocorreu há 786 mil anos e aconteceu muito mais rápido do que se supunha. De acordo com o trabalho, a inversão magnética da Terra se deu à razão de 1.8 grau por ano, tempo que poderia ser testemunhado por uma vida humana.
Até agora, os pesquisadores acreditavam que a reversão dos polos acontecia de modo muito mais lento, com alguns modelos estimando em até 1000 anos para ser completada.
De acordo com a teoria atualmente aceita, durante esse processo o campo magnético da Terra passaria por um processo muito lento e gradual de enfraquecimento, seguido de novo fortalecimento, também lento e gradual.

Inversão a caminho
A descoberta, levou alguns geofísicos a prever que uma nova inversão poderá ocorrer dentro de alguns milhares de anos, uma vez que há evidências de que a intensidade do campo magnético da Terra está diminuindo 10 vezes mais rápido do que o normal

A nova descoberta é baseada em medições do alinhamento do campo magnético em camadas de sedimentos de lagos antigos agora expostos na bacia de Sulmona, nos Apeninos, ao leste de Roma.
Naquela região, uma equipe de pesquisadores italianos liderados por Leonardo Sagnotti, ligado ao Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia de Roma, mediu as direções do campo magnético gravadas nos sedimentos acumulados no fundo do antigo lago.
Utilizando o método argônio-argônio de datação, a equipe de cientistas observou que uma súbita reversão de 180 graus do campo foi precedida por um período de instabilidade que durou mais de 6.000 anos, intercalados por altos e baixos com intervalos de 2 mil anos. Segundo o estudo, isso ocorreu entre 770 mil e 795 mil anos atrás e durou apenas 100 anos.

Consequências
Apesar da reversão magnética ser um grande evento de escala planetária, conduzida provavelmente pelo convecção no núcleo de ferro da Terra, não há catástrofes documentados associados às reversões ocorridas no passado. No entanto, se ocorresse atualmente, o fenômeno poderia provocar uma série de danos.

Uma vez que o campo magnético da Terra protege a vida contra as partículas energéticas provenientes do Sol e também contra os raios cósmicos, que podem causar mutações genéticas, um enfraquecimento ou perda temporária do campo ante uma reversão permanente poderia aumentar as taxas de câncer. Além disso, redes de distribuição de energia seriam bastante afetadas, uma vez que as tempestades solares teriam um efeito devastador sobre um campo magnético enfraquecido.
Leia mais em http://www.apolo11.com/spacenews.php?posic=dat_20141015-113319.inc#QuvX7ovRgJhPItoP.99