Sabe-se que a cada 500 mil anos
aproximadamente, os polos da Terra se invertem e isso não é novidade. No
entanto, um novo estudo mostra que a última reversão foi extremamente rápida e
não levou mais de 100 anos para ser completada.
O estudo foi realizado por uma equipe
internacional de pesquisadores e demonstrou que a que a última reversão
magnética ocorreu há 786 mil anos e aconteceu muito mais rápido do que se
supunha. De acordo com o trabalho, a inversão magnética da Terra se deu à razão
de 1.8 grau por ano, tempo que poderia ser testemunhado por uma vida humana.
Até agora, os pesquisadores acreditavam
que a reversão dos polos acontecia de modo muito mais lento, com alguns modelos
estimando em até 1000 anos para ser completada.
De acordo com a teoria atualmente
aceita, durante esse processo o campo magnético da Terra passaria por um
processo muito lento e gradual de enfraquecimento, seguido de novo
fortalecimento, também lento e gradual.
Inversão a caminho
A descoberta, levou alguns geofísicos a prever que uma nova inversão poderá ocorrer dentro de alguns milhares de anos, uma vez que há evidências de que a intensidade do campo magnético da Terra está diminuindo 10 vezes mais rápido do que o normal
A nova descoberta é baseada em medições do alinhamento do campo magnético em camadas de sedimentos de lagos antigos agora expostos na bacia de Sulmona, nos Apeninos, ao leste de Roma.
Naquela região, uma equipe de
pesquisadores italianos liderados por Leonardo Sagnotti, ligado ao Instituto
Nacional de Geofísica e Vulcanologia de Roma, mediu as direções do campo
magnético gravadas nos sedimentos acumulados no fundo do antigo lago.
Utilizando o método argônio-argônio de
datação, a equipe de cientistas observou que uma súbita reversão de 180 graus
do campo foi precedida por um período de instabilidade que durou mais de 6.000
anos, intercalados por altos e baixos com intervalos de 2 mil anos. Segundo o
estudo, isso ocorreu entre 770 mil e 795 mil anos atrás e durou apenas 100
anos.
Consequências
Apesar da reversão magnética ser um grande evento de escala planetária, conduzida provavelmente pelo convecção no núcleo de ferro da Terra, não há catástrofes documentados associados às reversões ocorridas no passado. No entanto, se ocorresse atualmente, o fenômeno poderia provocar uma série de danos.
Uma vez que o campo magnético da Terra protege a vida contra as partículas energéticas provenientes do Sol e também contra os raios cósmicos, que podem causar mutações genéticas, um enfraquecimento ou perda temporária do campo ante uma reversão permanente poderia aumentar as taxas de câncer. Além disso, redes de distribuição de energia seriam bastante afetadas, uma vez que as tempestades solares teriam um efeito devastador sobre um campo magnético enfraquecido.
Leia mais em
http://www.apolo11.com/spacenews.php?posic=dat_20141015-113319.inc#QuvX7ovRgJhPItoP.99
Nenhum comentário:
Postar um comentário