8 de dezembro de 2010

Chile terá sua primeira Usina de Energia Solar.

Chile terá a primeira usina de energía solar da América do Sul

A energia fotovoltaica, a forma mais comum da energia solar, foi descoberto há um século, mas ainda assim é uma das energias renováveis que tem se desenvolvido muito lentamente no mundo.

Enquanto Albert Einstein em 1921 ganhou o Prêmio Nobel de Física por suas pesquisas sobre o efeito fotoelétrico, somente no século XXI seria conhecida a primeira usina de energia solar em escala industrial.Agora, essa geração de eletricidade "verde" será utilizada pela primeira vez na América do Sul, com a construção da primeira usina fotovoltaica no Chile.

Governo Sebastián Piñera encomendou a empresa Espanhola Solarpack, pioneira em energia solar, a construção e administração de uma usina, que vai operar no deserto de Atacama.O diretor da Solarpack, Jon Segóvia, disse que a escolha do local não é acidental. "O Deserto do Atacama, assim como, o deserto do Mojave, nos Estados Unidos, e do Saara na África, são locais onde a incidência de radiação solar do planeta é maior".

Um megawatt

Segovia explica que la elección del lugar no fue casual.

O Projeto contempla uma instalaçao, em uma área de seis hectares, de 4.080 módulos fotovoltaicos, painéis de silício que medem dois metros quadrados.

Os módulos são semicondutores que ao receber o impacto de fótons do Sol gera energia, que é produzida pelo movimento de elétrons.Espera-se que a usina gere um megawatt, quantidade de energia que poderia suprir a demanda de 5.000 casas.O destino da electricidade, no entanto, não será o residencial; essa energia irá alimentar uma parte da produção de cobre no Chile, na região do deserto de Atacama, no norte do país.


Novas tecnologias
De acordo com Segovia, que levou muitos anos para desenvolver a tecnologia necessária para maximizar o potencial da energia solar, que é a forma mais cara de energia de energia renovável. Os módulos não são apenas caros para fazer, também exige um suporte de instalação sofisticada que maximizar a exposição dos painéis para o sol.Embora a tecnologia de hoje seja mais eficiente, ainda existem alguns fatores que limitam os seus benefícios, uma vez que depende inteiramente da luz solar direta e, portanto, deixa de ter efeito durante a noite ou em dia de céu encoberto.
Portanto, Segovia admite que não é possível confiar inteiramente em energia solar, e que a demanda de ser complementada com a energia convencional.

Vantagens
No entanto, Segóvia indica muitos benefícios desta tecnologia que a tornam ainda mais conveniente do que outras formas de energia alternativa."A energia Fotovoltaica é extremamente previsível, por isso é mais confiável do que a energia eólica, que muda muito, e a água, que podem ser alteradas durante períodos de seca", afirma."Esta também é a forma mais limpa de energia, porque não gera qualquer impacto sobre o meio ambiente", disse ele.Para Segóvia, uma das principais vantagens da energia solar é que ela proporciona "independência" à aqueles que se beneficiam dela."Ao contrário da energia tradicional, que depende de insumos, como combustíveis fósseis, esta forma de energia não necessita de matérias externas", disse ele.

Comercial
Essa constância e independência dão a energia fotovoltaica uma vantagem comercial, como o preço da eletricidade pode ser corrigido no longo prazo, porque depende de flutuações no mercado. Neste sentido, Segóvia disse que o projeto no Chile é o primeiro empreendimento em escala industrial que se instala no mundo, em particular, sem apoio financeiro de um Estado."Isso mostra que essa energia já é economicamente viável", disse ele.A estatal Corporación del Cobre de Chile (Codelco) vai adquirir 100% da energia gerada pela usina.Se o projeto for bem sucedido o Chile poderia expandir este tipo de acordo, em conformidade com seus planos de ter 10% de fontes renováveis até 2024.Enquanto isso, o Peru planeja seguir os passos de seu vizinho, e abriu concorrência para a construir de usinas de energia solar no sul.

OBS. Artigo da jornalista Veronica Smink da BBC Mundo - Argentina com tradução de Marcus Oliveira.

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